O GOVERNADOR JOÃO DORIA (PSDB)
ANUNCIOU NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA, 11, UMA PARCERIA ENTRE O INSTITUTO
BUTANTAN E UM LABORATÓRIO CHINÊS PARA A PRODUÇÃO DE UMA VACINA CONTRA O NOVO
CORONAVÍRUS
De acordo com ele, a droga contra a covid-19 já estaria na
terceira fase de testes, o último estágio antes da distribuição. O anúncio foi
feito ao lado de Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, em um vídeo no
Twitter.
Segundo Doria, novas informações serão divulgadas às 12h30,
durante coletiva de imprensa do governo de São Paulo.
Na última semana, já foi anunciado que o Brasil poderia se
tornar um dos produtores mundiais de uma vacina desenvolvida pela Universidade
de Oxford em parceria com a Astrazeneca, com produção local liderada pelo
Instituto Butantan e pela Fiocruz, além de capacidade de distribuição para toda
a América Latina.
Na quinta-feira, 4, a AstraZeneca anunciou acordos
internacionais para a produção de 1,7 bilhão de doses. Os acordos já firmados
incluem o Reino Unido, os Estados Unidos, a CEPI (Coallition for Epidemic
Preparedness Innovations), a Aliança de Vacinas (Gavi) e o Instituto Serum, da
Índia. “Essa é uma oportunidade muito grande para o nosso país não só no campo
da pesquisa clínica, mas também na produção de imunizantes”, afirmou a
infectologista brasileira Sue Ann Clemens, diretora da Iniciativa Global de
Saúde da Universidade de Siena e pesquisadora da Unifesp, que coordena os
centros de testagem da vacina por aqui.
Até o momento, dois mil voluntários participarão dos testes
em São Paulo e no Rio de Janeiro. Das mais de 70 vacinas em desenvolvimento no
mundo, a britânica é a que se encontra em estágio mais avançado de desenvolvimento
e uma das mais promissoras. A expectativa é que, se sua eficácia for
comprovada, ela receba o sinal verde das agências reguladoras antes do final
deste ano.
Abaixo,
entenda as fases de desenvolvimento de uma vacina:
Fase
exploratória ou laboratorial: Fase inicial ainda restrita aos laboratórios.
Momento em que são avaliadas dezenas e até centenas de moléculas para se
definir a melhor composição da vacina.
Fase
pré-clínica ou não clínica: Após a definição dos melhores componentes para a
vacina, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em
experimentações in vitro.
Fase
clínica: É a testagem do produto em seres humanos. Esta fase do processo se
divide em três:
Fase 1 – a
primeira etapa tem por objetivo principal testar a segurança do produto. São
testados poucos voluntários, de 20 a 80, geralmente adultos saudáveis.
Fase 2 – a segunda etapa da testagem em seres humanos analisa
mais detalhadamente a segurança do novo produto e também sua eficácia. Em
geral, é usado um grupo um pouco maior, que pode chegar a centenas de pessoas.
Fase 3 – na última etapa o objetivo é testar a segurança e
eficácia do produto especificamente no público-alvo a que se destina. Nesta
etapa, o número de participantes pode chegar a milhares. Mesmo depois da
aprovação, nova vacina continua sendo monitorada, em busca de eventuais reações
adversas.
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