A informalidade recorde no
mercado de trabalho está ajudando a derrubar a produtividade da economia
brasileira, que se recupera lentamente da recessão vivida entre 2014 e 2016.
Em condições normais, quando uma
economia cresce e gera empregos – situação que, apesar de toda a crise, vem
sendo observada no Brasil –, há mais investimentos em inovação, equipamentos,
capacitação, e a produtividade aumenta. Ou seja, cada trabalhador consegue
produzir mais com menos horas trabalhadas. Mas o que vem ocorrendo é exatamente
o contrário.
O País tem hoje 38,8 milhões de
trabalhadores na informalidade, um número recorde, equivalente a 41,4% da força
de trabalho. As vagas geradas entre 2018 e 2019, quase todas informais, pagam
menos e são menos produtivas, com características de “bicos temporários”, como
empregadas domésticas, vendedores a domicílio, entregadores de aplicativos e
vendedores ambulantes, segundo mostra um estudo inédito do Instituto Brasileiro
de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Nenhum comentário:
Postar um comentário