BRASÍLIA
— O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO DECIDIU DEMITIR AINDA NESTA SEGUNDA-FEIRA O
MINISTRO DA SAÚDE, LUIZ HENRIQUE MANDETTA, EM MEIO À CRISE DO NOVO CORONAVÍRUS.
O ato oficial de exoneração de Mandetta está sendo preparado
nesta tarde no Palácio do Planalto. A expectativa é que a decisão seja
publicada em edição extra do Diário Oficial da União após reunião do presidente
com todos os ministros, entre eles Mandetta, convocada para as 17h. A
informação sobre a exoneração de Mandetta foi confirmada ao GLOBO por dois
auxiliares do presidente da República.
Analítico: Bolsonaro
terá alguém para culpar pelos problemas do coronavírus enquanto Mandetta ficar
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da
Cidadania, é o mais cotado para substituí-lo. Ele almoçou com Bolsonaro e os
quatro ministros que despacham do Palácio do Planalto nesta segunda: Walter
Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge
Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Mandetta admite: 'Não
sei até quando ficarei ministro'
Em reunião com integrantes do Ministério Público nesta
segunda-feira, o mnistro da Saúde admitiu a dificuldade que encontra no cenário
político e que não sabe "até quando ficará Ministro da Saúde". A
reunião pode ter sido um dos últimos compromissos de Mandetta no cargo.
Moro: Na crise
política do coronavírus, ministro afaga Bolsonaro e Mandetta
A ala militar do governo defende o nome da imunologista Nise
Yamaguchi para assumir o Ministério da Saúde. A avaliação é de que o nome dela
seria aceito pela população, que hoje admira Mandetta, já que Nise tem mais de
40 anos de experiência, é médica do Hospital Israelita Albert Einstein e atuou
em diversas áreas da saúde no Brasil. Há uma tendência de que o nome dela não
sofra rejeição pela bagagem de conhecimento e também por ser mulher. Nise
defende o uso de cloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
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